quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Closer

If you believe in love at first sight... Take a closer look.


Se tem uma pergunta que todo ser humano se fez pelo menos uma vez na vida, é se amor existe mesmo. Amar a Deus, aos pais e aos amigos é sempre possível de ser eterno, agora amar um outro ser humano sem nenhuma ligação prévia, aí sim mora a questão.

Visitando um profile dia desses eu senti vontade de assistir "Closer: Perto Demais", um filme que muitos me indicaram, muitos cultuam e muitos não entenderam.

Pra mim a mensagem do filme é bem clara: quanto mais conhecer o seu parceiro, menos você ama.

O começo dessa teoria na minha vida veio recentemente através da ficção. Dexter observa uma doce esposa que recebe calorosamente seu marido, sem imaginar que o mesmo é na verdade um assassino e parte chave no tráfico de pessoas ilegais em Miami. Dexter conclui que se ela o conhecesse de ver
dade jamais o amaria. Ele então se questiona, seria essa a chave para os relacionamentos, não conhecer de verdade a outra pessoa?

Idealizar uma pessoa não é muito difícil, e desse ato, olhar e decifrar uma pessoa sem ao menos testá-la é que se cria o mito. A pessoa passa de ser humano para a perfeição, de carne se torna pura alma, de alguém cheio de afinidades se torna alma gêmea. A isso chamamos de amor a primeira vista.

E é assim que o filme apresenta seus futuros casais, puro amor a primeira vista, puro "te conheci hoje e já te amava a vida inteira".


Mas preste atenção no título do filme. Closer, mais perto. te dá a idéia de olhar atentamente, parar de descobrir e começar a conhecer a pessoa em todos os seus necessários detalhes. Quem já morou junto afirma que é um tipo de relacionamento completamente a parte. Você pode amar alguém, mas a partir do momento em que divide o mesmo teto a coisa muda de figura, os detalhes irritam e o amor se vai.

No auge de suas decepções ainda existe um escape, todos eles utilizam do mesmo argumento para matar o amor e seguir em frente: destruir a imagem previamente criada da pessoa amada. Sim, a verdade é o que destruiu o amor. Não basta saber que foi traído, é necessário fazê-la contar todos os detalhes inconvenientes do sexo, só assim ele consegue derrubar a imagem de esposa e compará-la a uma vadia.

Quando dizem que o amor é cego, isso significa bem mais do que se pode imaginar. Não significa apenas que quando amamos fazemos coisas absurdas. Significa que a única condição de se amar é estando cego.

Claro, claro que existe o outro lado, existem pessoas que quanto mais conhecemos mais nos apaixonamos, quanto mais desvendamos mais acreditamos que seus defeitos são fáceis de se conviver, quanto mais humanas, mais fáceis de se apaixonar. Mas isso é a exceção da regra de amor a primeira vista

Então, fique com a impressão de que não existe certo ou errado. Até eu mesmo desejo amar, e assim mesmo, a primeira vista e inconseqüente. Os risco são grandes, mas só um covarde deixaria uma oportunidade dessas passar...

Alice: No one will ever love you as much as I do. Why isn't love enough?

Alice: I don't want to lie. I can't tell the truth. So it's over.



Alice: Is it because she's successful?
Dan: No. It's because... she doesn't need me.


segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Dito e Feito


"tudo o que fica parado apodrece"


Fiquei off pro um tempo, mas estive finalmente movimentando tudo o que estava parado em minha vida.

Eu não estou ausente porque cansei, nem porque estou infinitamente ocupado. Eu tenho tempo pro blog sempre que quero, escrever aqui me renova e me liberta. É como organizar a bagunça da minha mente e concretizar os sentimentos.

Eu tenho escrito menos porque é bem óbvio que não dá pra ficar só na teoria, e eu estou vivendo mais agora. Eu coloquei a prova tudo o que escrevi nesse blog e posso afirmar que, além de tudo ser a mais pura verdade sobre mim, isto tudo é absolutamente aplicável.

O bom de se afastar de tudo por um tempo é responder à uma pergunta: de quem eu sinto saudades? Vocês se surpreenderiam se eu dissesse, mas o fato é que eu tenho esbarrado nessas pessoas pelo simples acaso, tenho-as visto mais do que em tempos anteriores. E tem mais alguém que esbarro de vez em nunca e que quero muito ver. A lista das pessoas que eu sinto saudade tem sempre algo em comum: elas mudaram um pouco do meu mundo, elas causaram algum impacto na minha vida.

Não é que eu estou melhor, acho que é digno dizer que na verdade agora eu sou algo e, mesmo que isso seja um pouco distante do meu ideal de pessoa, eu agora ao menos posso dizer que existo.


"Evite acidentes, faça de propósito!"