quarta-feira, 15 de julho de 2009

Jamais resolva no diálogo

Relacionamentos são complicados porque forçamos. Há o desejo e há um jogo pra manter a chama acesa. Todo o resto não pode ser solucionado. Não sem desejo, não sem jogo.

Quantos relacionamentos você já viu irem a diante porque o diálogo salvou tudo?

Certa vez li que o segredo da técnica do diálogo estava na resolução ANTES do diálogo. Ou seja, Os dois queriam resolver e então resolveram. Um quer resolver
o outro quer provar que está certo, fudeu. Dois querendo provar que estão certos, a briga não termina.

Uma coisa é certa: quando um casal discute diferentes pontos de vista eles não estão procurando o certo, nem desculpas, nem os sentimentos. Nada disso.

Quando uma pessoa começa em um relacionamento a questionar, tudo o que ela quer tem menos a ver com palavras: ela quer ação. Algo tem que mudar, um gesto ou uma total nova direção.

Se os dois terminam com um "Sim, você tem razão", viram-se e dormem, pode ter certeza: de nada adiantou. E na próxima briga esse tópico volta. E cada briga nova mais um tópico acumulado... Nós bem sabemos onde termina isso.




P.S.: E acreditem, meditando sobre relacionamentos estando solteiro te dá muito mais idéias que quando os sentimentos tomam conta.

terça-feira, 14 de julho de 2009

The Ex and the City

Juro que eu não esperava que essa história fosse se repetir.

Passados os momentos felizes de um janeiro ímpar na minha vida eu tinha certeza que aquele romance de verão havia acabado em fevereiro, e não foi por vontade minha. Tantas e tantas vezes eu tentei fazer a gente dar certo, mas do outro lado todo final de semana viajando foi me tornando cada vez menos esperançoso. Não era nem por ciúmes, era carência mesmo. Precisava de alguém e a persona não estava lá.

Mas eu me resolvo, nós sabemos. Havia a viagem ao Rio em março e eu não sou de ficar com alguém estando atado a outra pessoa. Não eu. Terminamos, beijo me ligue sempre porque gostei de você, mas acabou.

Até esse sábado agora, é claro.

Na balada curtíamos o aniversário da Ju quando eu me deparo com aquela pessoa que fez meu corpo inteiro tremer. Beijo no rosto, conversa simples, algumas atualizações sobre nossas vidas e não nos vimos mais.

Eram por volta das quatro da manhã quando eu fui ao banheiro lavar o rosto. Foi quando senti as mãos percorrendo minha cintura. Pelo espelho contemplei um sorriso admirado, de alguém que estava feliz em me ver. Senti que não ia resistir, que o momento era esse. Sabe quando a gente não pensa direito? pois bem, lá estava eu passando pela porta, sem fôlego e sem ter feito absolutamente nada.

Meus amigos riam e se divertiam com a minha história, menos eu. Estava ainda chocado, queria ter tido alguma reação e não consegui. Eles pediam para eu deixar de lado, eu queria voltar.

E voltei.

Nos encontramos em um corredor. Cheguei dando beijos na nuca e provocando, trouxe o corpo pra junto do meu. ouvi dizer "Você está um gato". Você também, disse. Abracei forte, comecei a virar o rosto...

...E uma mão segurou meu ombro e me virou. "Cara, você tá dando emcima da pessoa que eu tô ficando?

Meu queixo foi ao chão. Isso nunca me aconteceu antes. Eu bem sei onde piso, mas essa pra mim foi nova. Eu tentei pedir desculpas, disse que éramos apenas amigos, e no entanto estava mentindo era pra mim mesmo.

Como você pôde fazer isso comigo?

Eu, fraco, que se entrega ao primeiro olhar de uma pessoa que já deveria ter saído de minha vida há muito, muito tempo.

Juro que eu não esperava que essa história fosse se repetir. Mas que eu desejei isso, desejei.