segunda-feira, 10 de março de 2008

Insaciável

Terceiro mês. E eu continuo achando que esse tipo de discussão é importante. Se um dos dois não está bem, ou poderia ser melhor, não é amoral lutar pela sua felicidade.

Relacionamento é assim, às vezes a gente erra a mão e se descuida por um tempo. Tem dia que tudo o que a gente precisa é se ver, se sentir. Em outros a gente deixa tudo entrar na frente e acaba esquecendo que o bem estar pode estar em apenas um telefonema, à dois ônibus de distância, ou a uma hora de diferença.

É por isso que esses detalhes incomodam, porque não são detalhes. Se uma mensagem pode mudar o meu dia, imagina o que uma viagem a praia pode fazer conosco?

Ainda sobra o gosto agridoce do poste debaixo, eu admito. Não pelas desculpas nem pelas lágrimas. Fica é um pouco do que poderia ter sido e não será. Eu não fui a praia com você significa também que você não foi a praia comigo. Nada de pôr do sol juntos. Nada de uma casa só pra nós por um dia. Nada de conversas fúteis na ida, nada de ficar abraços na volta. Nada de mergulhos libertadores, abraços relaxantes e beijos apaixonados, nem chinelos cheios de areia, nem mesmo vão me perguntar como foi minha folga pela marca do sol porque eu continuo branco.

Mas a gente acaba se apaixonando de novo. Sempre. É só esse olhar, é só essa presença, essa energia toda e tudo começa do zero. Meu mundo faz mais sentido com tudo isso. E tudo isso faz parte.

Quem me conhece sabe que eu estou melhor, sabe que eu ainda quero. Meu erro foi desejar mais. E pasmem, eu vou continuar errando. Desejando. Querendo. Pedindo. Perdoando.

Só não aceito e nem me conformo, porque mais felicidade não é pedir muito. E é completamente possível.


"I just need a little of your time
A little of your time
To say the words I never said
Just need a little of your time
A little of your time
To show you that I am not dead

Please don’t leave, stay in bed
Touch my body instead
Gonna make you feel it
Can you still feel it?"



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