segunda-feira, 11 de junho de 2007

Volúpia


"Agora eu chego a conclusão fatal: e se eu só pensar em mim nesse caminho, evitando somente prejudicar os outros? E se o medo da solidão se transformasse em vontade de ficar sozinho? Onde estaria eu agora?... ...Eu quero amar porque me sinto incompleto. Poderia eu procurar o que falta em mim mesmo? Me tornaria então em uma força insuperável? Eu seria completo?"
-Extraído do meu texto "
Onde estou"

Eu já tenho a resposta para a maioria dessas questões.

Eu até posso aceitar mais alguém em minha vida, mas eu sei que apenas eu me basto para viver.

Força. Isso me assuta cada vez mais, e também me satisfaz cada vez mais. É até um vício, ser isso que você foi feito para ser, se tornar aquilo que queria se tornar. Morrer por mim e viver para mim é no mínimo gratificante.
Ego. Ego. Ego. Todo o sentido da frase "Eu posso".

E tem sido uma delícia encarrar também meus erros, agora que eu cometo na busca por acertar. Já é a quinta vez que eu provo dos resultados dessas minhas últimas ações: acertei plenamente e errei tentando; e meus defeitos todos presentes.

Sim, tenho ainda os mesmos defeitos, mas eles trabalharam ao meu favor. Não busquei a perfeição, busquei algo melhor. Busquei a mim.

Hoje? Deleite por ter finalmente me encontrado.

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"

-Clarice Lispector

Nenhum comentário: