sábado, 28 de julho de 2007

Penso, logo desisto

"Penso, logo desisto"
-Sei lá quem disse isso

Existe um caminho que separa o desejo e a ação, o pensamento e a ação e o sentimento e a ação. Em algumas pessoas esse caminho é um milímetro. Para mim, este caminho é uma longa estrada aqui dentro.

Pensando nisso, dia desses eu cheguei a duas conclusões:

Primeiro, quando uma pessoa sente algo e pratica um ato levada por esse impulso, ela pode; agora é muito engraçado que quando eu falo dos meus sentimentos mais mesquinhos e que nunca vão se tornar um ato, elas logo me criticam. Eu, há muito tempo, já não tenho mais o simples direito de sentir, de ficar confuso e de confessar essas coisas. Eu conclui que posso. Posso sentir o que for, mas estou contando para as pessoas erradas. Há muito tempo que eu não sei o que é me abrir para alguém sem ser reprimido (e agora virou moda a frase "Não viaja"). Só tem uma pessoa que eu me abro e ela espera e depois conclui, mas eu moro longe e infelizmente nos vemos pouco.

Segundo, existem mil barreiras entre o que poderia ter sido e o que vai finalmente acontecer. Algumas pessoas se queixam dessa coisa de ser levada pelo momento e se arrepender depois. Eu não. Na maioria dos casos eu me arrependo por não ter tomado nenhuma atitude na hora. O famoso "Penso, logo desisto".

Mas não mais, eu sou inconstante agora porque os meus filtros todos entre os sentimentos, pensamentos, desejos e ações estão sendo testados. Eu venho trilhando todos os caminhos proibidos, e apenas porque posso.

Chegou o dia em que eu acordei e disse a mim mesmo "Eu apenas tenho vinte e dois anos. Eu ainda posso errar..."

E eu preciso urgente descobrir se tanta privação e castração não está simplesmente me afastando daquilo que eu mais quero e que pode me fazer feliz...

Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada, não seja nada.
(Elbert Hubbard)

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