quinta-feira, 5 de abril de 2007

Amórfico

"If l am not mistaken, the words "art" and "artist" did not exist during the
Renaissanceand before: there were simply architects, sculptors,
and painters, practicing a trade."
-M.C. Escher

As coisas caminham para que meu futuro seja, bem, seja meu futuro. Entre um pensamento e outro, entre um assunto discutido, há sempre um que nunca se resolve e me tira o sono de verdade: profissão. Se a profissão define um ser humano, se eu não consigo decidir uma, seria eu indefinível?

Eu sempre sofro quando o assunto coloca em foco o planejamento de anos da minha vida. O fato de eu não estar na faculdade tinha mais a ver com dinheiro do que com dúvida. Eu, quando menor, tinha certeza do que eu faria, e quando vi o boleto da faculdade, tinha certeza de que não faria. A vocação termina onde começa o dinheiro.

Nos últimos anos, emprego e com ele salário. Agora tudo parece ter mais valor. É impossível gastar centenas de reais por mês, somando ao meu desgaste e stress, tudo apenas por uma profissão que eu não me apaixone de verdade.

Pensando em soluções fiz uma lista que tinha por objetivo ao menos excluir tudo o que eu não faria. Dos que sobraram nota-se um ponto em comum: a criação. Nenhumas das profissões era repetitiva ou lidava apenas com procedimentos pré-impostos. Exatas se torna um campo raro em todas ou apenas um mal necessário, criatividade se torna pré requisito. É assim que eu gosto.

Hoje estou com uma probabilidade coçando a cabeça, apesar de saber que posso mudar de curso com o passar do tempo, sinto que estou próximo de bater o martelo. Existe uma profissão que acredito estar ganhando de todas que ficaram. Uma que alinha arte, criação e utilidade.

Eu vou pesquisar e tenho pessoas próximas que trabalham na área. Após experimentar tanto da faculdade quanto cotidiano é que eu vou saber com certeza, mas até lá, sem pressão; eu não decidi ainda.

E por favor, não me critiquem se eu mudar de idéia.



"I call architecture frozen music."

-Atribuída a Johann Wolfgang von Goethe e Friedrich Schiller



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