terça-feira, 1 de maio de 2007

Walking in Straight Lines

A good friend will give you an umbrella in the rain, but a best friend would shove you out the door and yell "RUN BITCH RUN!"

E hoje a Rainha de Copas veio aqui e trouxe bem mais que risadas e boa conversa, matou a saudades e me fez pensar. Colocando o papo em dia expliquei os acontecimentos do último Plastika com mais calma e ela respondeu minha pergunta com algo muito intenso.

É que você está mais forte mesmo -disse ela - e tudo isso é reflexo de você cada vez mais estar sendo você mesmo , estar sendo autentico. Quando a gente se aceita e se assume nada pode te derrubar. Foi mais ou menos isso que ela disse, e eu aceito.

Todo esse blog, toda essa jornada é muito mais vital para a minha sobrevivência do que aparenta. Se você deseja escrever - e eu espero que um dia você o faça - deve tentar ao máximo explicar os porquês das coisas e dos sentimentos, o que invariavelmente acaba te levando a pensar na origem de tudo. A partir do dia em que comecei a escrever não me importa mais em dizer "Eu senti" sem dizer "porque acontece isso". Nem tudo se encaixa num padrão, mas ao menos pensar sobre como as coisas chegaram nesse ponto pode render mais atenção a pensamentos e ações que antes pareciam banais. Surge a impressão de amadurecimento.

E eu corro contra o relógio. Há quanto tempo eu não amadureço? Dia desses percebi o quanto algumas pessoas até mesmo fazem aquela cara de "Nossa! Ele descobriu a roda!" em algumas das minhas conclusões, mas isso sempre me faz seguir, se existe um novo degrau na escala da evolução, se alguém já está num status acima que o meu, então eu quero desesperadamente subir também.

Não é competição, é incentivo. Eu por exemplo começo a aceitar a teoria do One Man Guy sobre o fato de que "But in the end, it´s always me alone". Eu compro então meu primeiro livro de Nietzsche e quero me tornar mais egocêntrico. Há anos que o meu universo não gira em torno de mim e há tempos que eu passo mais tempo pensando nos outros que em mim. E, se isso for maldade, se isso for ruim, eu juro que não me importo. Prefiro morrer por mim que pensar que vivo pelos outros.

No final, no final não sobra muita conclusão. É só aquela vaga sensação de que cada vez mais eu alcanço um novo pensamento promissor e que todas as vezes que eu apostei nos outros eu tive decepções, mas todas as vezes que apostei em mim fiquei ao menos satisfeito pelo fato de que fiz algo.

E nada pode me decepcionar mais que a dúvida do talvez...

"Too often, the thing you want most is the one thing you can't have. Desire leaves us heartbroken, it wears us out. Desire can wreck your life. But as tough as wanting something can be. The people who suffer the most,
are those who don't know what they want."

-Meredith - Grey's

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